27 abril 2011

Eu sou o Número Quatro - Crítica



Baseado no primeiro volume da série de livros Os Legados de Lorien, Eu sou o Número Quatro conta a história de um adolescente alienígena órfão e solitário que descobre poderes especiais enquanto tenta sobreviver aos perseguidores que dizimaram o seu planeta natal e os valentões do colegial de uma cidadezinha do interior dos Estados Unidos. Sim, nós já vimos esse filme antes, mas bem que poderia ter sido um seriado de TV também.


Alex Pettyfer faz John, o adolescente alien, e Timothy Olyphant, Henri, seu guardião. Juntos eles têm fugido de cidade em cidade desde que os mogadorianos localizaram 9 sobreviventes do planeta Lorien na Terra e começaram a matá-los na ordem dos símbolos dos amuletos que carregam consigo. Toda vez que um deles é morto, os símbolos surgem na pele dos demais, avisando-os. Quando o terceiro símbolo surge, eles se mudam de novo, afinal John é o próximo da lista. Numa narração em off do protagonista somos apresentados já no início e de uma vez a esse contexto: mogadorianos, símbolos, guardião, fugitivos, planeta Lorien e uma menção a uma caixa herdada que só deve ser aberta no momento certo. Ok, estão economizando na apresentação da mitologia porque devem investir em uma narrativa inovadora pra compensar, certo? Nope!


Mesmo depois da exposição inicial, não encontrando soluções mais criativas, o roteiro recorre várias vezes à informação de revelações da trama via fala dos personagens - a localização de um artefato importante é passada displicentemente por um dos coadjuvantes lá pelo terço final do filme. As descobertas de John sobre seus poderes e seu papel de herói são sempre explicadas ou ditadas por Henri, o mentor que tem todas as respostas mas só as revela em conta-gotas. Podem ser recursos inevitáveis numa história de formação, mas certamente fraquezas quando usadas tantas vezes como aqui.


O que mais incomoda é a falta de novidade. O herói deve manter sua verdadeira identidade secreta do mundo pra não atrair os vilões de sobretudo preto, mas nem sua tecnologia alien de remoção de rastros on line parece dar conta. Fora o interesse romântico obrigatório e seu rival jogador de futebol clichê. Os roteiristas, Alfred Gough e Miles Millar, já escreveram episódios melhores de Smallville. Eu sou o Número Quatro também não tem personagens cativantes e nem os menos exigentes podem dizer que as cenas de ação empolgam. Sem nada de mais substancial, é até desnecessário, com o público-alvo sendo bem servido pela TV moderna - mesmo quando não contam com o carisma de Chloe Sullivan ou Lex Luthor.

7 comentários:

Vai de Táxi! disse...

Suas criticas já me fazem enxergar o filme todo. E já vi que é um tipo de filme que não me atrai... Meio que cansei desse tipinho.

Juniupaulo disse...

desculpacoquecoisaí

C. Leonardo B. Antunes disse...

Imagino que você tenha feito uma referência velada ao "Smallville" ali no começo da resenha. Bem lembrado. Não me toquei da semelhança entre os dois quando escrevi meu post a respeito do filme.

Obrigado pela visita no meu blog. :)

Amanda Aouad disse...

Achei o filme ainda mais bobo depois de ler o livro. Não é grande coisa também, mas é muito melhor embasado, dá mais destaque aos legados, ao planeta, etc. O romance é menor no livro e o triângulo amoroso logo resolvido.

No filme, temos algumas boas cenas de ação e a personagem número 6 que é a melhor resolvida ali.

Paolo Bruni disse...

fala paulo

me manda teu mail
o pessoal tá agendando para jogar
game of thrones
no próximo tabuleiros
pela nossa lista interna

abs

Edvaldo Santos disse...

Hmmm... Tá se especializando, hein!!!

Anônimo disse...

Nem assisti ¬¬'
irmã de Juniupaulo aquii (=